“Toque Sutil”

(Luiz Henrique)

Foi tão de leve, casual e sutil
rápido e imperceptível – suponho - pra você
Mas foi o mais doce e vil
contato de pele a pele que há tempos não ouso ter

Senti o cheiro dos teus cabelos
carícia do vento despertando inconfessáveis sentidos
Segundos de arrepiar os pelos
ensejando desejos e fantasias (por pouco) esquecidos

Meu olhar desviou do teu
Fiquei corado, mas em verdade ninguém percebia
O sentimento era só meu

Foi tamanha a vergonha da pretensão e ousadia
Dessa tão bendita - quanto nociva - ilusão
Tomara não me leve a impossível paixão



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  • poesia com registro de autoria
  • foto: “Maria Luiza”  Autor: Luiz Henrique