TEMPO EM GRÃOS!

Encanta-me a ampulheta,

Suas formas arredondadas

Nos leva ao infinito, deitada,

Duas enormes gotas de lágrimas

Amedronta-me, seu ventre desértico,

Grãos de areia, que circundam suas curvas

Segundo materializado e nada poético

Abismo, nós em uma corda, mãos sem luvas

O tempo esta se esgotando

Uma voz amedronta o ouvido,

O sangue segue esfriando

Numa redoma, o tempo a grãos reduzido,

Por um pequeno orifício, passa arrastado

A hora é pura de minuto filtrado.