LÁGRIMAS
As águas do meu rio brotam lá do fundo,
Do fundo fendido, de sentimentos
Profundos, prematuros e oriundos
Do facundo espectro do isolamento.
Águas límpidas dos lençóis do mundo,
Em minhas curvas, turvam pensamentos,
Delineiam da terra o ventre fecundo,
Raiz do segundo, hora, cemento.
Águas salsas correm, escorrem maçãs,
Intervalo entre medos, dedos e ação,
Que lavam, mas levam o frescor da avelã.
E matemáticas margens erráticas
Do mar e amar provêem, provê solidão
Métrica, estética poesia estática.
>>KCOS<<