O DRAGÃO DO MAR [CI]
Foi Francisco José do Nascimento*,
por alcunha, depois, “Dragão do Mar”,
o nosso heroico jangadeiro, a dar
seu grito contra um tráfico nojento.
Ideias libertárias vão brotar...
Os frutos do plantio marcam tento.
E, assim, no Ceará, eis o momento:
a escravidão dos negros foi findar.
Ninguém da raça negra mais teria,
conforme a decisão do jangadeiro,
nos portos da Província albergaria.
E tanto a “lei” do herói valeu, por cá,
que, na Terra da Luz, ruiu primeiro
a escravatura, no Brasil, um dia.
Fort., 07/09/2009.
(*) Este chefe dos jangadeiros, apelidado
pelo seu destemor de “Dragão do Mar”,
em 1884, rebelou-se contra o comércio
dos escravos, que seriam vendidos para
as estâncias do Sul. Em sua homenagem,
em Fortaleza ergueu-se um centro cultu-
ral de muito peso, onde nativos e turistas
se divertem e curtem as mais variadas
modalidades de educação, arte e cultura.
O abolicionista, até hoje, é um ícone no
seu Estado.