ROUXINOL
Segreda a Cotovia ao meu ouvido
Que há um Rouxinol buscando morada.
Cansou da vida a noite e decidido
Negou-se a cantar pela madrugada.
Voa sem tino, sem destino, perdido,
Procurando em vôo, em vão pela amada.
Triste, sozinho e ainda emudecido,
Mas empenhado nesta árdua jornada.
E apruma a paciência, penas pisadas,
Eternidade efêmera das paixões,
Ornamentos obscuros são ciladas.
Tuas plumas se tecem fundas, pálidas,
Preservam a pureza de tuas intenções,
Assim, indelevelmente cálidas.
>>KCOS<<