SEREIA
Se alguma vez, sereia, te amei sem ter noção
Que mergulhava em um tufão grávido de luz,
Onde a vida e todas as causas do universo,
São embaladas em pensamentos de mulher;
Se alguma vez, naiáde, das tuas fontes cristalinas
Bebi sem gratidão, mesmo saindo embriagado.
E me fui, sem levar memória desse encanto,
Por ter pensado que toda fonte fosse igual;
Se alguma vez, jandaíra, bebi teu mel incomparável,
Sem guardar na língua o prazer dessa doçura
Buscando em cada favo um doce semelhante;
Perdoa-me, flor única deste canteiro absoluto
Pois que no meu espírito infantil e desatento
Não vi que estava no braços da própria Suficiência.
Se alguma vez, sereia, te amei sem ter noção
Que mergulhava em um tufão grávido de luz,
Onde a vida e todas as causas do universo,
São embaladas em pensamentos de mulher;
Se alguma vez, naiáde, das tuas fontes cristalinas
Bebi sem gratidão, mesmo saindo embriagado.
E me fui, sem levar memória desse encanto,
Por ter pensado que toda fonte fosse igual;
Se alguma vez, jandaíra, bebi teu mel incomparável,
Sem guardar na língua o prazer dessa doçura
Buscando em cada favo um doce semelhante;
Perdoa-me, flor única deste canteiro absoluto
Pois que no meu espírito infantil e desatento
Não vi que estava no braços da própria Suficiência.