TIMONEIRO
Tu, timoneiro de minha embarcação
Que desviaste de curso meu meigo olhar,
Mares e oceanos contigo a navegar
Acreditando estar certa a direção.
Tu, motineiro de minha embarcação,
Diga: qual rumo agora devo eu tomar
Se não mais sou eu a estrela do teu mar?
Se era tua toda e qual fosse a decisão?
Lavo minhas mãos com o sal insípido
Das lágrimas em que agora navego
E na memória, como me é tão nítido...
Os vendavais, pelos quais, firme passei;
Os temporais que dentro em mim carrego
E o teu amor, que de tanto, tão ignorei...
>>KCOS<<