Por Andam Minhas Rosas?
Quão cruel são as pessoas que alma não têm,
e levam pedaços humanos presos em seus corpos,
não sabem amar, não sabem viver, não são ninguém,
são farrapos de gente, que passam pelo mundo,
com o macabro e triste desiderato que mantêm,
que é o de sempre causar pesar profundo.
Dores não sentem em seus agregados orgânicos,
agem como demônios na vida que levam,
buscam com loucura e avidez,
em seus penares de frustrações, ódio e rancor,
são seres que vegetam com sordidez,
sem nunca conhecerem o que é o amor.
Melaleuca e roseira, significados de vidas,
agredidas por mãos insanas e covardes,
matando a vida de quem já não a tem mais.
E agora resta ao jardineiro a amargura,
de repetir em poesia, música e prosa,
a triste pergunta: por onde andam minhas rosas?