«Incompreendido...»

Como eu gostava ter por companheira

alguém que de verdade me estimasse.

Por quem eu procurei a vida inteira,

sem que, pois em certeza, eu achasse...

Infeliz num triste, mas derradeiro

fulgor da vida, que o sonho levasse

ao´«Éden», onde fosse eu o primeiro,

e o Mundo sobre nós não desabasse...

Incompreendido, pois, sou então,

a tristeza que me enche o coração,

por dar-se aos outros, sem nada querer,

a não ser sua estima de verdade...

sem medos, complexos ou falsidade,

apenas, não queremos é sofrer!!!

António Boavida Pinheiro
Enviado por António Boavida Pinheiro em 03/09/2009
Código do texto: T1790590