ÓTICA DE FELICIDADE
Feliz sou eu, mesmo sem status de fartura.
Até invento histórias que nos livros guardo;
que põem leveza nos revezes do meu fardo,
e hão lembrar meus passos à geração futura.
Tenho amigos, e com simplicidade aguardo
sua presença sob o humilde teto - eu juro -
aquece o frio o seu calor humano, puro.
... neste embalo eu vivo; e o sonho não é baldo.
Ventura maior? Ouro não é necessário.
Cumpro com leveza meu acre fadário:
tenho minha casa, agasalho e pão.
Traz-me a natureza com prodigalidade
seus ramos, frutos e flores... e a saudade
do tempo ido; mas trago Deus no coração.