SÚPLICA À NINFA GALATÉIA
Vem minha musa, ninfa Galatéia,
Fazer arder os meus lençóis em chama,
Faz deste leito ajardinada aléia,
Adorna com teu corpo minha cama.
Não teme o Polifemo ou qualquer Cíclope,
Faz-me teu Ácis, toma-me nos braços,
E mergulhado em embriaguez políope,
Vejo mil sóis brilhando em teu regaço.
Se meu clamor, entretanto, for em vão,
Evita dar-me face a face um não:
Se o destino negar-me tal ventura,
Deixa que o Ciclope mate-me e então
O meu sangue vertido em profusão
Seja o rio a dar-te o leito por ternura!
Oldney Lopes©
Vem minha musa, ninfa Galatéia,
Fazer arder os meus lençóis em chama,
Faz deste leito ajardinada aléia,
Adorna com teu corpo minha cama.
Não teme o Polifemo ou qualquer Cíclope,
Faz-me teu Ácis, toma-me nos braços,
E mergulhado em embriaguez políope,
Vejo mil sóis brilhando em teu regaço.
Se meu clamor, entretanto, for em vão,
Evita dar-me face a face um não:
Se o destino negar-me tal ventura,
Deixa que o Ciclope mate-me e então
O meu sangue vertido em profusão
Seja o rio a dar-te o leito por ternura!
Oldney Lopes©