Um voto a procura de um eleito

Valia-me de uma candeia

Por becos e salões vasculhava

E nem mesmo em lua cheia

Encontrei o que procurava

Parece que a lisura serve de entrave

a quem cabe estabelecer equidade

Nos porões da cobiça, perdeu a chave

E viu diluir sua probidade

Onde está quem deveria distribuir o pão?

Fez de toda cota seu quinhão?

E os necessitados procuram os Messias

E na urna, em que esperança havia

Depositou toda a fé em quem elegia

Que no contra voto, sua própria casta financia

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 01/09/2009
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