Doce Veneno

Se tua voz suave em meus ouvidos penetrasse

Em súbita insistência de chamar-me a atenção;

Se os sonhos que eu sonhei de repente tu sonhasses,

Seríamos eu e você... Um só coração!

Se fosses como a Lua diminuias o teu brilho,

Mas ao alcance de meus lábios estarias;

Sendo quem és me torna trem fora do trilho

Mas que uma Deusa, um baú de fantasias!

É desumano esse teu não que me atormenta

Quando me encontro a imaginar-me em tuas curvas;

Só sei querer... Não é de mim ser egoísta!

Quer me afastar de teus anseios mas nem tenta,

Faz o que faz e sem te ver não quer que eu durma;

Doce veneno, que se esconde dando pistas!

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ROMANCEANDO O RETRATO DE MAI BRASIL

(Do Poeta OKLIMA, aqui do Recanto. Versos que recebo como um afago na alma. Amei, poeta. Amei! )

Que fazes tu, mulher, em meio às flores,

a despertar delírios e desejos,

acalentando acepções de amores,

anoitecendo angustiados pejos.

Mulher mutante, em messes multicores,

coqueteando cantos de cortejos,

eu, beija-flor, irei por onde fores,

sugando o mel na boca de teus beijos.

Enverdecido pela natureza,

perfumado das pétalas rosadas,

concedendo das coxas a beleza,

o teu retrato rouba às madrugadas

dos sexos simplistas a riqueza,

porejando paixões imaginadas...

Mai Brasil
Enviado por Mai Brasil em 31/08/2009
Reeditado em 31/08/2009
Código do texto: T1784993
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