Poema Torto

Poema Torto

Sem verter lágrimas meu coração chora

Enredando-se na melancolia sem saber porque

São espinhos das flores do tempo a chover

No embalo das lembranças que me assediam agora

Não há revolta... A vida é sábia e aprimora

Erros houve, mas não há como retroceder

A sementeira é livre, mas temos que colher

O presente é fruto do pretérito que aflora

Olhar voltado para o infinito num misto de dor

Luar amoroso envolve meu corpo mansamente

Num beijo terno transmitindo o colírio do amor...

Como poema torto, sem rima, frio e sem frescor

Na estrada empoeirada sorvo o fel e na mente

Sou a lua que a distância busca do o sol o calor.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 31/08/2009
Código do texto: T1784818
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