INFORTÚNIO

Vejo a pálida luz da tarde

Aos poucos esmaecendo

Esgueirando-se pelas frestas

Da minha prisão... Gemendo.

Ó noite que adentrais

Na alcova dos sonhos meus

A envolver tua escuridão nos meus quintais

Que neste leito me aprisiona como teu.

Queria só por um momento respirar

Passear nas manhãs de primavera

Exorcizar as agruras de mim

E sentir a brisa fria na janela.

Ó destino insano! A beijar-me o rosto

Deixando-me a mercê dos teus gostos.

Angela Pastana...poeta paraense

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 30/08/2009
Código do texto: T1783860
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