... Não era Guadalupe!

Era noite!... Sorvi o riso ledo.
Tomei o corpo raro e divinal;
- Terminara, por fim, o vendaval?!
Desfaleci-me ao longo do beijo...

Comi sedento, lânguidos seios;
Morri naquele corpo escultural!...
Viajei... Viajei... Na boca de cristal
E descortinei todos os segredos...

Na existência contínua e obscura,
Procurei os detalhes da escultura;
Somente vi as cores da fonte!

Lembrei-me do longínquo passado;
Não reconheci a alma ao meu lado
... E o vulto se perdeu no horizonte!...



Ribeirão Preto, 15 de julho de 2006.
3h20