PERMANÊNCIA [XCIII]

Tanto tempo não te ouvia

e, sequer, nem te avistava.

Esperanças, todavia,

ao passo que te lembrava.

Eu somente não previa

que a quimera que me dava,

em rotina já tão fria,

era a paz que me faltava.

E que saudade doía...

Fiz, então, que te olvidava:

teu ser (um sol) me sorria.

Tu’alma tal se estreitava

na dor do meu dia-a-dia

que ias... e ela ficava.

(Junho de 1997)

Fort., 29/08/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 29/08/2009
Reeditado em 05/09/2009
Código do texto: T1781067
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.