PERMANÊNCIA [XCIII]
Tanto tempo não te ouvia
e, sequer, nem te avistava.
Esperanças, todavia,
ao passo que te lembrava.
Eu somente não previa
que a quimera que me dava,
em rotina já tão fria,
era a paz que me faltava.
E que saudade doía...
Fiz, então, que te olvidava:
teu ser (um sol) me sorria.
Tu’alma tal se estreitava
na dor do meu dia-a-dia
que ias... e ela ficava.
(Junho de 1997)
Fort., 29/08/2009.