Sob o olhar dos santos...

(Tere Penhabe)

Ganhou a covardia, foi mais forte,

Quando a vida estendeu-me seu tapete,

No sim que mudaria a minha sorte,

Com os santos, de olhos, no falsete.

A me empurrarem para o meu consorte,

Padrinhos sorridentes, no piquete...

Testemunharam friamente a morte,

Do meu sonho, engasgado no banquete.

Sem saber o porquê da provação,

Faltou coragem para dizer não...

Um sim que me levou ao desespero.

Mas hoje, meu louvor ao sim, proclamo,

Pois premiou-me, a sina, com esmero:

- Deixando-me ser mãe de quem mais amo!

Santos, 25/08/2009

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