Soneto n.93

DESIGUALDADE

E mesmo nascendo meio lado a lado,
ao chão um é fadado - feito parasita.
Tudo é do rico mas ao desgraçado
não se dá o Bom que, na vida, habita.

Ah, eu me sinto sempre sufocado
nesta desigualdade que me irrita,
pois enquanto o Bem fica cercado,
a humilhação anda solta e avilta.

Vejo as coisas que o homem desfez,
descreio de mim e mesmo de Deus,
mas quero que Ele venha outra vez.

Para Lhe entregar tanta maldade,
todo egoísmo: os meus ... os teus...
e implorar Pão à toda humanidade!


***
Silvia Regina Costa Lima
1 de maio de 2009

















PRESENTE DE AMIGOS


oklima

MISÉRIA

Pega a paga de donzela,
corre do carro a moleca,
entrega à mãe, na favela
e vai brincar de boneca.

 Odir, de passagem, com aplausos a Silvia Regina

 Heliodoro Morais

É de cortar coração 
A injustiça social 
Descaso e humilhação
Parecem ser social
Pro rico, tratamento nobre
Mas o coitado do pobre 
Não passa de um animal .......

Belíssimo grito de repúdio, Sílvia. Bravo!

Volnei Rijo Braga

Silvia,
a poucos dias eu encontrei este poema
num velho jornal o poeta é Pelotense,
eu não o conhecia, e ao ler seu poema
me lembrei dele e resolvi fazer dele o
meu comentário

CENA COMUM

O carro passou velozmente
a pomba alçou seu vôo,
no tapete de pedras
algumas moedas brilhavam,
os pés descalços
de uma criança suja
sangravam miséria.
tive vontade de deter o carro,
de acariciar a pomba,
de dividir com a criança suja
as moedas que não eram minhas!

Nelson Nobre... abçs

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 27/08/2009
Reeditado em 07/11/2009
Código do texto: T1777755
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.