ANDO CALADA

Ando calada, sem emoção.

Feito calmaria em mar aberto

Tenho andado meio sem razão

Tropeçando no tempo incerto.

Deixo as horas espalhadas pelo chão

Na face oculta, descolorida dor manifesto.

Da flor que não deixou de ser botão

E o óleo da candeia derramou-se o resto.

Perambulo minhas mãos

Nas rugas que o tempo deixou

Cicatrizes marcadas no coração.

Deixo-me levar sem destino, sem noção.

Por companhia a melancolia ficou

E marcou-me com seu brasão.

Angela Pastana...poeta paraense

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 27/08/2009
Código do texto: T1777455
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