OUROS DO DOURO
A corrente que me traz presa contigo,
rio livre de insinuante abraçar,
é de ouro que te faz rimar comigo,
terra viva que te sorve o espelhar.
O fio d'ouro com que me adornas o colo,
rio Douro de precioso azular,
é enfeite que combina a cor do solo
com o brilho do teu húmido beijar...
...e é ver-nos, quando Agosto chega ao rubro,
passeando, lado a lado, em procissão,
eu, vaidosa, com arrecadas de ouros
enfeitando os declives de veludo,
e tu, meigo, enleando em cordão
as curvas dos meus seios já maduros...
(DOURO AO DOURO -diálogos entre terra e rio)
A corrente que me traz presa contigo,
rio livre de insinuante abraçar,
é de ouro que te faz rimar comigo,
terra viva que te sorve o espelhar.
O fio d'ouro com que me adornas o colo,
rio Douro de precioso azular,
é enfeite que combina a cor do solo
com o brilho do teu húmido beijar...
...e é ver-nos, quando Agosto chega ao rubro,
passeando, lado a lado, em procissão,
eu, vaidosa, com arrecadas de ouros
enfeitando os declives de veludo,
e tu, meigo, enleando em cordão
as curvas dos meus seios já maduros...
(DOURO AO DOURO -diálogos entre terra e rio)