Soneto Oculto
um vulto de fim subiu-me nos lábios
e de mais vultos surgiram mais vultos
e todos vultos sangrarem-me juntos
disse que um vulto afundou-me nos lagos
três vultos de não beijaram pressagos
fúnebres danças de vultos sepultos
ciclones de vulto aos meus graves cultos
faquearam meu sonho a vultos já vagos
vulto de amor martelou minhas rosas
só vulto fitei erguendo teu véu
fêminos vultos em crises chorosas
vulto em loucura levou-me dos teus
mas vulto-nada em desgraças de prosas
desejos gritou de um vulto que é Deus
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