Premonição
Que dirás ó alma, à minha libido,
Que dirás, coração de retorno ao passado,
Dos afagos daquele amor proibido,
Das lembranças do corpo amante sobre o amado?
Acaso restituirão o tempo perdido
Que vagamos por caminhos diferentes
Em busca de um amor correspondido,
Da alma gêmea que se fez ausente?
- Quão ingênuo fostes, ó ser andante!
Ao caminhar na escuridão dos sonhos,
Entre o espírito e a carne amante.
Pagarás preço alto do viver profano,
Sob implacável julgo de anjos e demônios
Jazeras na dor e no prazer, morrerás amando.