Vi... Vendo...
Sentada na soleira dessa porta
Atento-me a um cortejo costumeiro,
Que a mente, em momento passageiro,
Desfila a minha frente, em alerta.
São tantas emoções que já vivi,
Que algumas, só me lembro nesse instante,
No qual minha atenção fica imante,
Do tempo, que a vida já levou, e eu, nem vi.
São doces, são amargas, envolventes,
Algumas, sorrisos, me despontam,
Ou lágrimas, que mornas, me consolam.
Outras, meu espírito, amolam,
Pelas tristes histórias que acalantam,
Mas todas são meus “eus” sobreviventes...