Uma garrafa no mar.
Em garrafa, nua, vulgar,
Tampada com rolha nova,
Coloquei lindas prosas;
E a atirei ao verde mar.
Ao longe, por quantas milhas?...
Dias, noites, sem legados...
Vendo-me abandonado...
Eu estava numa ilha.
Hoje, como por encanto,
A garrafa, as prosas, enredos...
...São centelhas pelo ar!
O mar tornou-se o "Recanto",
O mundo está em meus dedos,
E a ilha é meu querido lar.