NÃO  SEI  PORQUê...


Apenas sei que dói, desse mal que me venha
E de dar um só passo tenho medo
Pois que a fraqueza humana  não me detenha
Em força soberana eu me enredo

Que silêncio impenetrável e tão profundo
Que de minha alma se encobre 
Pois por tal secretismo me fere fundo
 E brado de tal temor que assombre

Se ainda a fortuna fosse avantajada
E o engenho demonstrado prodigioso
Por tal disposição tão ajuizada
Sairia desta demanda de jeito honroso

Enfim não houve escassez desafortunada
Nem tormenta que cuide tal alvoroço
Nem fortuna que se tornasse em nada…
De tta
22~08~09


Dentro do classicismo lírico de Camões eu tentei aproximar-me. É dos poetas que mais amo por isso me dá prazer beber do seu néctar  grande senhor da poesia.

 
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 24/08/2009
Código do texto: T1771361
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