FALSETE

As aves em bando, as asinhas brancas...
Partida da tarde e nuvens cinzentas.
As manchas nos campos, já não são tantas;
os homens procuram sua querença.

Viver solitários nos é difícil,
nos vastos rincões, nos ermos perdidos,
coubessem na tarde, os sons; quanto ouvissem
poetas e musas, sábios, peritos.

E lá do outro lado, o mundo desperta;
em oposição ao tanto dormente,
de um lado se dorme; de outro se acorda.

A minha tristeza, a dor, é aquela,
que chega num susto, qual um falsete;
é apenas um erro e a vida é remota.



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