Pudesse eu por toda a minha vida afora,
Manter-te eternamente ao meu lado;
Pudesse eu ver-te sempre como agora,
Cabelos soltos, ofegante, olhos cerrados.
 
Como odeio a claridade que vem vindo,
E essa luz que já desponta no horizonte,
Elas me privam do que existe de mais lindo,
Elas secam na própria origem minha fonte.
 
Quisera agora adormecer no teu olhar,
E derramar-me na tua pele por inteiro,
Ser mais que eu ao contigo misturar.
 
Mas se esta for a ultima vez que te vejo,
Se for este o nosso encontro derradeiro,
Que morra agora todo amor, todo desejo.
 
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 23/08/2009
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