Sou chatinha de fato! - Ai... Ai... Ai...

                                                    Dueto com a Véi


Edir,

Vc é ou não é meio chatinha? Ai, ai, ai, ai...

Contudo, o talento que vc tem é inegável. Os seus escritos em BOE BORORO VIVE, tanto em prosa como em verso, além de ter um valor inestimável com relação à nossa cultura em sua essência maior,  é um acervo a ter que ser publicado em livro, levado até nossas universidades, escolas, bibliotecas, etc.

Edir, impecável o seu trabalho. A Edir Pina o que é de Edir Pina. Palmas.
Meus intensos parabéns.
Véi.


Resposta ao meu amigo Véi:
 
Sou chatinha, de fato!

Eu sou chatinha, indecente,
uma coroa de espinhos,
sou difícil, "boca quente",
reticente,  três pontinhos...

Sou chatinha, sim, chatinha,
prego que nem carrapato,
queria dar-te um tapinha,
mas se começar... te mato!

Uma chatinha, de fato,
metida, tão perigosa,
uma bruxa bem malvada!

Não deixo nada barato,
mas sou também generosa
e no verso sou danada!

Livro: ESTILHAÇOS, pg. 74


O meu abraço, querido Véi!

Véi, acho que vc está me amando...e não sabe! ai...ai...ai...

Beijos chatinhos, grudentos e  perigosos, da edir


 

Resposta de Véi:


Ai... Ai... Ai...
 
Achar todo mundo acha,
ter certeza ai... ai... ai...
Ou acerta ou se esborracha.
Na onda do amor não cai
 
quem conhece uma flor roxa
que os antigos já diziam:
nasce em coração de trouxa.
Ou será que eles mentiam?
 
Mas o amor é mesmo lindo:
do jacaré, tem a boca,
do escorpião, o veneno.
 
De mais a mais, já vou indo
que não sou de marcar toca
e o meu tempo é pequeno.

Edir, acho que vc está me amando... e não sabe! ai... ai... ai...
Beijos roxinhos, jacarezentos, escorpinhosos e perigosos, do véi. 



Meu carinho, Véi

Em tempo: Beijo de Véi tem o sabor dos séculos!



 
Lamúrias
 
Ai...ai...Véi aloprado,
sou sensível, sou regrada,
mas não fique magoado
por tão pouco, quase nada!
 
Não devia ter falado
o que tanto desagrada!
Você parece tornado,
Eu vou ficar amuada!
 
Fecharei minhas cascatas,
vou virar represa morta
sem peixes, sem correntezas...
 
Os meus nós tu não desatas,
Nem me abres tuas portas...
Tenho tantas incertezas!
 
 Edir Pina de Barros
 
 
 Segredos
 
 
Nos seus ais, o meu segredo,
Invisíveis são meus jeitos,
Do amor eu tenho medo,
Já deitei em tantos leitos…
 
Tanto leite derramado
Que ao fim não deu em nada.
Tanto caso mal contado…
Fiquei rude e mais nada
 
Debochar é o meu prazer:
Arrombar portas abertas…
Vi que o errado é que está certo.
 
Mas entendo o seu sofrer:
Em estradas tão desertas
Nem Camelo anda por perto.

 Véi

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 22/08/2009
Reeditado em 08/05/2014
Código do texto: T1768493
Classificação de conteúdo: seguro
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