À deriva
Não sei porque minh’alma tanto freme,
perdida e só no mar de teu olhar,
tornei-me nau errante, a soçobrar,
sem âncora, sem bússola, sem leme;
não sei por que meu corpo frágil treme,
sentindo-se desnudo e sem lugar,
perdido - uma gaivota em alto mar
que, entregue à própria sorte, grita e geme.
No teu olhar me perco em um segundo,
pois ele é pleno sol que a mim aquece
deixando-me tão nua, tão cativa;
e nesse entrelaçar sem fim, profundo
meu ser, emocionado, se enternece
no mar de teu olhar fica à deriva.
Livro PURA CHAMA, pg. 110
Não sei porque minh’alma tanto freme,
perdida e só no mar de teu olhar,
tornei-me nau errante, a soçobrar,
sem âncora, sem bússola, sem leme;
não sei por que meu corpo frágil treme,
sentindo-se desnudo e sem lugar,
perdido - uma gaivota em alto mar
que, entregue à própria sorte, grita e geme.
No teu olhar me perco em um segundo,
pois ele é pleno sol que a mim aquece
deixando-me tão nua, tão cativa;
e nesse entrelaçar sem fim, profundo
meu ser, emocionado, se enternece
no mar de teu olhar fica à deriva.
Livro PURA CHAMA, pg. 110