CANTO A FORTALEZA [LXXXVIII]

Tu me abrigaste, quando vim do serro,

como o faz sempre a mãe ao seu filhinho.

A mim, tu me hospedaste com carinho,

ó Fortaleza, aqui, no teu desterro.

Lá do torrão natal, qual passarinho,

fugi, mas – creiam – nunca dei por erro

largar o sítio, tudo, enfim, meu serro

que me acolheu implume e menininho.

Pelos teus parques, praças e por praias,

tu viste, e vês, cidade, o peregrino

deitando olhares, meio às minissaias.

Rumo da vida, afeito a mil nuanças,

também te berço um canto, neste hino,

livre, em teus braços, cheio de esperanças.

(Julho de 1996)

Fort., 22/08/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 22/08/2009
Reeditado em 05/09/2009
Código do texto: T1767468
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