A JUVENTUDE [LXXXVII]

O maroto do tempo não hesita.

Ele avança, fogoso, igual corcel.

E no trote, a correr, voando ao léu,

numa sempre viagem infinita.

Nosso tempo melhor tem seu papel.

Essa fase, provada a mais bonita,

a qualquer um de nós nos habilita

a vivermos na terra qual no céu.

Essa quadra louçã que nos fascina,

a mais simples que temos, na verdade,

traz à vida dos homens uma mina.

Não me canso de vê-la como pude:

tal passagem, que vem da mocidade,

é verdadeiramente a juventude.

(Agosto de 1998)

Fort., 22/08/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 22/08/2009
Reeditado em 05/09/2009
Código do texto: T1767436
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