MEU EPÍLOGO

Eu vou morrer um dia, é certo e raso,

Não será numa data de alegria.

Espocarão rojões por um acaso

Na hora de minha tímida agonia.

Não chorem por meu corpo já cansado,

Sedento de descanso tumular.

É o rito que se cumpre, mais sagrado,

Como as águas que voltam para o mar.

Por mim não chorem, não! Eu não mereço.

Segui o curso imposto por meu Deus,

E mudarei apenas de endereço:

Viver entre os mais ricos ou blebeus.

A terra, que destrua só a matéria,

A alma estará agora livre, hetérea!