CRIME HEDIONDO
Queimar um poema é um hediondo crime
Cuja lei omite e a moral condena
O insano ato entre o delito e a pena
E da imputabilidade o exime.
Pecado que a poesia não redime
Libelo 'agente na fragrante cena
Vai do Inquérito à Denúncia plena
No cárcere d’alma cumpre o seu regime
Incide o agente neste vil delito
Não viu o legislador a natureza
Do fato impune, pois não circunscrito,
Deixa ao poeta o dito por não dito
Quando um poema sofre tal vileza
Pra lei só vale o que está escrito.
*Qualquer semelhança com algum caso concreto,
será mera coincidência.
Queimar um poema é um hediondo crime
Cuja lei omite e a moral condena
O insano ato entre o delito e a pena
E da imputabilidade o exime.
Pecado que a poesia não redime
Libelo 'agente na fragrante cena
Vai do Inquérito à Denúncia plena
No cárcere d’alma cumpre o seu regime
Incide o agente neste vil delito
Não viu o legislador a natureza
Do fato impune, pois não circunscrito,
Deixa ao poeta o dito por não dito
Quando um poema sofre tal vileza
Pra lei só vale o que está escrito.
*Qualquer semelhança com algum caso concreto,
será mera coincidência.