A VINDIMA

A VINDIMA

Carmo Vasconcelos

Hoje maduro-branco é o meu desejo

Um vinho a par e tom dos meus cabelos

Néctar descolorido de desvelos

Insípido sem fogos de festejo

Doirada vinha o deu, hoje nevada

Pelo frio das agruras temporais

Mas inda há bagos de imos estivais

Sob esta terra austera ora gelada

Em novo tempo os hás-de vindimar

E os bagos haverão de fermentar

Até que o novo vinho apure a cor

Na espera se aprimora o seu sabor

E em festim haveremos de o beber

Pra não deixarmos de nos bem querer

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02/Janº/2009

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In E-Book "sonetos Escolhidos II

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Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 21/08/2009
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