Contraste

Eu me imagino, assim, como um velhinho,
Um velho triste que, jamais, se cansa
De recordar seu tempo de criança,
Ao ver brincar, alegre seu netinho.
 
É que eu conheço a força que contrasta
O alvorecer, o despontar da aurora,
Com esse tom crepuscular que chora
O triste fim da tarde que se arrasta!...
 
Conheço o fim da estrada, do caminho...
E da saudade, a força que eterniza,
Os sonhos bem vividos nesta vida!
 
E a recordar prossigo tão sozinho,
Acompanhando o dia, que agoniza
Sangrando o céu na sua despedida!
 
 
Antonio Lycério Pompeo de Barros
e Edir Pina de Barros

Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 20/08/2009
Reeditado em 20/08/2009
Código do texto: T1765248
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