AVE DE PRATA
Voa pássaro solitário
leva consigo o pio das noites frias,
venha, enfeita o céu raro cenário,
espalha suas penas, sua magia.
Voa, margeia, delimita todo espaço,
sobrevoa solitário, volta ao ninho.
O vento cortante, asas de prata e aço
resistem as tempestades do caminho.
Ave de prata de único canto,
sim, ave que está em extinção,
revolve o pio das noites frias, o pranto,
devolve ao peito a mais pura emoção.
Voa, segrega a dor do canto lamento,
pousa, ata o laço do pio da razão.