Quantas vezes...

Quantas vezes...

Quantas vezes as lágrimas eram disfarces

Para a voz rebelde que o coração soletrava

Presa no peito em chagas repousava

Transfigurada expondo diversas faces

Quantas vezes ínfimos grãos de alegria

Eram mascarados por falsa carranca

E a vida passando em nuvens brancas

Como turista divagava entre orgias

Quantas vezes um perfumado roseiral

Convidava ao amor, caridade e perdão

Bailando ao vento num socorro divinal...

Quantas vezes o sorriso dum infante fez-se sinal

Mas só a dor amiga foi o cálice da solução

Purificando a alma num abraço fraternal.

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 20/08/2009
Código do texto: T1763895
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.