A Juventude
Débil e cheia de engano é a juventude!
Sempre mergulhada em encantos mil,
Jamais percebe que anda tão sutil,
A passos muito largos para o ataúde.
Vivendo de modo profano e vil,
Na busca da volúpia, gasta a saúde,
Sem que tome sequer uma atitude
Para que deixe o seu viver ardil.
O eu, jovem, mantém-se robusto e forte,
Permitindo que se engane e não veja,
Que rápido se aproxima da morte.
Não percebe que ela rir e graceja,
Preparando alegre seu passaporte,
Pra levá-la para aonde não almeja.