NOITE DE CHUVA


Na fantasia de uma noite averna,
pinto nas frestas ilusões tardias
enquanto o coração na chuva hiberna,
enquanto hibernam minhas fantasias.

Enquanto a rua soluçante inverna,
enquanto o sol se perde de seus dias,
enquanto o pranto pende da lucerna,
entrego às trevas minhas agonias.

Numa noite de chuva como esta,
quando passos nenhum passar escuto
quando além da saudade nada resta,

fica o silêncio, pleno e absoluto,
fica o frio infiel fazendo festa,
fica a vida a morrer cada minuto...
 
Odir, de passagem

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Enviado por oklima em 19/08/2009
Reeditado em 19/08/2009
Código do texto: T1763173
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