Soneto nº 02
Num dia como quantos que não há
Vieste como o dia à terra chega,
Manhã, que nos aquece e aconchega
Ou noite que nos banha de luar,
Mostrando a mim a vida como está
No ninho da paixão que se entrega
Aos homens e mulheres, que se achega
A fim de nos fazer comemorar
A beleza e esplendor do Paraíso
Que hoje nos permitem habitar:
Não tão puro como era o de Narciso
Ou de Marte a vil bravura do Mar.
Mas viver e ter tudo que é preciso
Jamais será tão bom quanto te amar.