Este meu querer

Confesso-te meu querer além mar

Abro meu peito feito sabiá

E canto na tarde que cá fenece

Este amor meu que sem motivos cresce

Eu te quero ainda que sem futuro

Numa manhã de sol num canto escuro

Colhendo frutos em meio a espinhos

Verdejando folhas em nus raminhos...

E se o olhar de meu amor não ti bastar

Minh’alma veleja o espaço além mar

Por que eu amo o bastante de mim

Desses quereres tão antigos assim

Que se escrevem em sonetos de amor

Ou morrem tais pétalas de uma flor!...

dona T
Enviado por dona T em 17/08/2009
Código do texto: T1759637
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