AMORES... AMORES...
AMORES... AMORES...
Gosto de meus amores próximos
assim: com a face descortinada para o vento
e as janelas do olhar reabrindo para mim
a cortina fechada do meu pensamento.
Amores evidentes como rosas no jardim
que em mim deixem perfumes de contentamento
que invadam minhas portas abertas para dentro
e me resgatem dessa torre de marfim.
Amores são pressentimentos
dos faróis da alma em transitividade não profana
na eternidade sob as ondas dos lençóis.
E quase nada mais meu infinito amor reclama
senão que todos os amores sejam para nós
a eternidade efêmera para quem ama...
Afonso Estebanez