Dissonante

Se eu caí sozinho, não foi sem razão

Ceguei-me deliberadamente, ignorando

Os buracos que se abriam no chão

Cego por vontade, continuei andando

Não me levantei, nem segurei a tua mão

Prossegui todo o percurso engatinhando

pensando nas causas do teu “Não”

e novamente supondo, supondo, supondo

A cada passo caio e me ergo, sinto me tonto

Ando em círculos, gravitando ao teu redor

Enquanto me censuras, por pensar tanto

Por sempre escolher dos males o menor

Por viver estático, preso a um ponto

Duma melodia dissonante em sol maior

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 17/08/2009
Código do texto: T1758713
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