Fazenda Cabrito
Neste torrão aurorense, eu fui gerado.
Recebido segundo filho da família.
Em casa de barro batido com mobília.
Com um engenho de cana ao nosso lado.
Com um tempo de nascido fui exilado.
Quando entendi as estórias de Emília,
voltei à fazenda sem nenhuma quizília.
Em todas as férias era lá meu babado.
Neste ínterim, eu aprendi um bocado.
Por anos a fio foi esta minha vigília.
Ser íntimo do local que fui fecundado,
foi um experimento jamais deslembrado.
Este tema está na minha juvenília.
Neste rincão sinto-me sempre animado.
Arimatéia Macêdo – www.arimateia.com