O POETA E O SONETO
 
Nada existirá a conseguir interromper
Para não tirar o meado deste soneto.
Nem o chegado atropelado, ou o romper
Do dia sem café, colher, claro ou preto,
 
Deixei as cretinas todas sem responder,
Não posso acordar muito, só o conceito
Fino de consciência, o sumo, e esconder
Planos brutais da mente, o direito e o veto...
 
E o nirvana, em espírito, devolver,
Um tanto falho na mímica do correto,
Um resolvido imitável pelo concreto.
 
Chego então com a meada última ao terceto
Sem sol, café, respostas, neurônios: só ver
Que ao soneto, ao poeta, só falta o resolver.





José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 15/08/2009
Código do texto: T1756093
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