Soneto ao Encanto
A negra terra espelhou a branca nuvem
que entre os pobres mortais veio habitar
os que dispersos observam se confundem
o dívino na terra não deve morar.
Estas lindas esmeraldas que luzem
conseguem belas estrelas ofuscar
as límpidas águas do mar refletem
pedras raras que não cansam de encantar.
Entre o céu e a terra fazem a ponte
num silêncio tocante de uma prece
seu olhar e sorriso cativante.
Não há quem tenha visto e passe inerte
pela beleza entalhada em tua face
és humano, deus, um ser celeste.