Rede de dormir
"Entre ela e a cama, há a distância da solidariedade à resignação".
Câmara Cascudo
Dos índios, uma herança derradeira,
a rede de dormir, que embala o sono,
no enlace da sincera companheira,
acolhe, com carícias, o seu dono.
Da rede vê-se a luz do sol primeira,
também se dorme – o corpo em abandono -
se nasce pelas mãos de uma parteira,
se morre quando chega eterno outono.
Presente em dias tristes ou risonhos,
a rede ali está, tão sedutora,
a mais fiel de todas as amigas
E solidária, embala tantos sonhos,
se amolda aos corpos, muito acolhedora
e abraça sempre as íntimas fadigas.
Cuiabá, 18 de Outubro de 2009.
Cuiabá, 14 de Agosto de 2009.
ESTILHAÇOS, pg. 80
"Entre ela e a cama, há a distância da solidariedade à resignação".
Câmara Cascudo
Dos índios, uma herança derradeira,
a rede de dormir, que embala o sono,
no enlace da sincera companheira,
acolhe, com carícias, o seu dono.
Da rede vê-se a luz do sol primeira,
também se dorme – o corpo em abandono -
se nasce pelas mãos de uma parteira,
se morre quando chega eterno outono.
Presente em dias tristes ou risonhos,
a rede ali está, tão sedutora,
a mais fiel de todas as amigas
E solidária, embala tantos sonhos,
se amolda aos corpos, muito acolhedora
e abraça sempre as íntimas fadigas.
Cuiabá, 18 de Outubro de 2009.
Cuiabá, 14 de Agosto de 2009.
ESTILHAÇOS, pg. 80