INFÂNCIA

INFÂNCIA

As tardes da minha infância distante

Vem povoar risonha em minha memória

Assomando em enleios de amante

Trás lembranças da minha história.

Recordo minha mãe sempre meiga e constante

A costurar na madrugada, perdida da hora.

Da hora de repousar, hora inconstante.

Seu zelo a nós fazia-se em mil embora...

Seu corpo frágil de sono mal dormido.

O som da máquina de costura a embalar

Meus sonhos como música em meu ouvido

Suas mãos pequeninas, nos meus cabelos a passear.

Seu olhar cinza a pousar de amor infindo

Quando eu pedia para em seu colo descansar.

Ananindeua, 07/09/2008 – 13h45.

Angela Pastana...poeta paraense

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 14/08/2009
Código do texto: T1753391
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