Da Idolatria Morta
Da Idolatria Morta
Sinto uma estreiteza aguda no peito...
Todo o sangue do corpo faz-me doer,
Sob a luz duma aura ansiosa, em dizer:
Rompeu-se a sombra o amor perfeito!
Porque tem que ser assim satisfeito:
Numa exaltação ondeante de prazer...
Esmagando-te a alma, ocultar-te ver,
Esta fúria vibrante dum cálice desfeito.
Parecem-me poderes enviados do céu
Pelo anjo que rodeia a minha volta,
A mando de um ser cândido com véu.
E nesta noite fria dos braços me solta,
Faz-me cheio de glória tirar o mantéu:
É preciso que a vida lhe vá sem revolta...
(Poeta- Dolandmay)